22 de abr. de 2008

Capitalismo

'Há um excesso de liqüidez, e buscam-se novos negócios. Um desses negócios é o entretenimento. E tem gente muito nova entrando nisso', diz ela.
'O show business está mudando, não é mais aquela coisa idealista, feita por gente que sempre foi ligada às artes.'" Folha Ilustrada, 22/04/2008


Ao que parece o segundo semestre de 2008 nos dará uma boa quantidade de shows de calibre internacional: Sonic Youth, Leonard Cohen, Beirut, Amy Winehouse etc. E há o boato anual sobre o Radiohead, claro.
Pos bem. O trecho acima foi retirado da edição desta terça da Ilustrada, na qual são elencados os principais motivos para esse fenômeno: Real forte perante o Dólar, crescimento da economia e a percepção por parte de certas empresas de que shows de rock alternativo podem ser um investimento lucrativo.
Aí entramos no "fim do idealismo" citado no trecho que abre esta coluninha, ou seja, na idéia de que os concertos de rock alternativo não são mais organizado pelos próprios "alternativos", mas sim por engravatados querendo ganhar dinheiro. Agora, me digam: qual o problema da coisa toda ter se tornado comercial se a conseqüência lógica é termos acesso a mais shows?
Esse excesso de idealismo cabeça oca me irrita. Prefiro mil vezes ter a opção de assistir uma infinidade de shows legais, organizados de forma profissional (mesmo que não consiga ir em todos) a ficar restrito a um ou dois no ano, organizados de forma mambembe, porém cheia desse suposto "idealismo"...

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